Você sabia que o diabetes pode causar diversas manifestações no sistema musculoesquelético e afetar várias estruturas se não for controlado?

Níveis descontrolados de glicose no sangue podem afetar diretamente articulações, músculos, nervos e tendões, levando a limitações funcionais importantes, muitas vezes permanentes. Essas alterações podem surgir de forma progressiva e silenciosa, comprometendo a qualidade de vida e a mobilidade ao longo do tempo.

Entre as principais complicações musculoesqueléticas associadas ao diabetes, destacam-se:

Neuroartropatia de Charcot
Uma condição grave que afeta os ossos, articulações e tecidos moles dos pés, levando à deformidade progressiva. Ocorre principalmente em pessoas com neuropatia diabética avançada.

Síndrome das mãos rígidas
Também chamada de “sinal das mãos em prece”, dificulta a extensão completa dos dedos, tornando movimentos simples do dia a dia mais difíceis.

Contratura de Dupuytren
Enrijecimento da fáscia palmar, que pode puxar um ou mais dedos em direção à palma da mão, prejudicando o uso das mãos.

Dedo em gatilho (tenossinovite estenosante)
Causa dor e travamento ao flexionar ou estender os dedos. É comum em pessoas com diabetes e costuma afetar mais de um dedo.

Síndrome do túnel do carpo
Compressão do nervo mediano no punho, levando a formigamento, dor e perda de força nas mãos. Pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver essa condição.

Capsulite adesiva (ombro congelado)
Caracterizada por dor intensa e perda progressiva de movimento no ombro, é mais comum em pessoas com diabetes do que na população geral.

Calcificações nos tendões
O acúmulo de cálcio em tendões inflamados pode causar dor e limitar a função muscular, especialmente nos ombros.

Polineuropatia diabética
Uma das complicações mais frequentes do diabetes, afeta os nervos periféricos, resultando em dor, queimação, perda de sensibilidade e fraqueza, principalmente nas extremidades.

Controlar o diabetes com alimentação adequada, atividade física e acompanhamento médico regular é essencial não apenas para evitar complicações internas, mas também para proteger a saúde musculoesquelética. Reconhecer os sinais precoces e buscar orientação especializada pode fazer toda a diferença na prevenção e no tratamento dessas condições.